Será-que-eu-consigo?

Faz um tempinho li este texto na Folha de São Paulo e guardei porque refletia a série de mudanças que estava vivendo. Uma fase de novos desafios, de descobertas sobre o novo trabalho, novos projetos e sobre as novas pessoas que estão participando da minha vida.

E você, tem tentado alguma coisa nova? Se lançado a novos desafios? Ou eles surgem e aí...como você enfrenta tais novidades?

Eu respiro fundo e encaro. De frente. Tento tirar o máximo proveito de qualquer experiência que apareça. Por vezes, adrenalina na veia...uhú! Às vezes, esperar a quietude chegar... ahhh. E às vezes, sábio esperar chegar e passar...e também negar. Por que não?

As fotos do canyoning em Brotas (set/09) com o rapel na Cachoeira Cassorova (60 mts) ilustram muito bem os sentimentos descritos no texto.

"Tentar coisas novas envolve, pelas definições do cérebro, correr riscos: abandonar o usual, a rotina, e se lançar em novas paragens sem garantia de sucesso.

Algumas novidades são bastante inofensivas, como andar do outro lado da rua ou mudar de cabeleireiro.

Outras são mais perigosas, mas expandem nossos horizontes e mudam a nossa vida, como aprender a nadar, andar de bicileta ou dirigir.

Além de expandir nosso repertório de talentos, aceitar se lançar em atividades novas ainda traz uma vantagem bônus: a satisfação da conquista, e com ela, uma injeção de auto confiança - que, por sua vez, nos impele a continuar experimentando e testanto (e expandindo) nossas habilidades.

Será-que-eu-consigo?

É muito interessante notar o próprio coração palpitando quando se sabe direitinho de onde vem a taquicardia.

Ah, a excitação de se descobrir capaz! De se perceber viva, inteira e vitoriosa. Meu cérebro se premiou com uma baita injeção de dopamina que, agindo sobre meu córtex órbito - frontal e hipocampo -, tornou a experiência não só incrivelmente prazerosa como inesquecível.

Vencer desafios é uma recompensa incrível, só alcançada quando se aceita o risco da queda."

Trechos do texto publicado na Folha de São Paulo - Equilíbrio, 11/01/11 - por Suzana Herculano Houzel (http://www.suzanaherculanohouzel.com/)