Você sabia que o axé e o sertanejo dominaram o repertório de shows em 2008?
As músicas mais tocadas (e seus compositores que enriqueceram com os direitos autorias), segundo o Ecad, foram:
1) "Praieiro" (Manno Góes)
2) "Quebra Aê" (Durval Lelys)
3) "100% Você" (Alexandre Peixe/Beto Garrido)
4) "Berimbau Metalizado" (Duller/Doria/Miro Almeida)
5) "Beber, Cair e Levantar" (Thiago Lima Basso/Bruno Caliman)
6) "A Galera" (Augusto Conceição/Elivandro Cuca)
7) "País Tropical" (Jorge Ben Jor)
8) "Bola de Sabão" (Ramon Cruz)
9) "Coração" (Dorgival Dantas)
10) "Não Precisa Mudar" (Gigi/Saulo Fernandes)
A matéria foi publicada no blog do jornalista Marco Aurélio Canônino http://ilustradanopop.folha.blog.uol.com.br/que lembra que "como a lista trata de execução em shows, obviamente as músicas não estão restritas a um único artista (por exemplo, a presença de "País Tropical" não quer dizer que Jorge Ben fez milhares de shows em 2008, mas que muita gente que faz show tocou essa música). De qualquer modo, a presença dos artistas mais badalados (e que, portanto, fazem mais shows) fica nítida na lista - basta ver que tem três músicas do repertório da Ivete Sangalo".
Em tempos de carnaval, micaretas, abadás e tals, a lista é uma evidência do incrível poder da indústria do axé. Concordo com Canônico quando diz que se trata de um pessoal extremamente organizado, profissional e, independentemente do que se pense sobre o gênero, competente. Ele completa “o sucesso contínuo não é acidental: na era em que as gravadoras foram para o ralo e os shows, mais do que nunca, passaram a ser a fonte de renda, os empresários de trios elétricos entenderam a mudança, fidelizaram os artistas às suas marcas e, em troca, passaram a cuidar do marketing deles (artistas), substituindo as gravadoras neste papel. Isso fora o fato de que, como me disse o rei das micaretas de Minas, eles vendem "beijo na boca", produto sempre em alta demanda, especialmente entre os jovens”.
O jornalista diz sabiamente que há um lado negativo nesse domínio, pois a música é tratada apenas pelo lucro que pode obter e assim “não ajuda no progresso e na diversificação dela. Se só se investe dinheiro no que dá certo, na fórmula de massa, fecham-se as portas para o inovador, para o diferente, para o que não atrai dezenas de milhares de pessoas - mas que, mais à frente, no mínimo colaboraria para a diversidade do cenário musical”.
Há 4 semanas
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